Diretor executivo da Central Única dos Trabalhadores, Júlio Turra acredita que guerras de rapina como as feitas pelo imperialismo contra o Iraque, a Líbia e mais recentemente a Síria, deveriam servir para que houvesse mais atenção e responsabilidade quando o tema em questão fosse o petróleo.
“O pré-sal é um patrimônio estratégico finito que só pertence
ao povo brasileiro.
Leiloar uma reserva como Libra por R$ 15 bilhões,
quando seu valor estimado é de vários trilhões, é um crime. Leilão é
privatização e sabemos que privatização é terceirização e precarização.
Por isso estamos mobilizados para impedir que isso aconteça”, declarou.
Entre os muitos exemplos do descalabro está o da OGX, que dos 6.500
trabalhadores contratados, mantém 6.200 terceirizados.
De acordo com João Pedro Stédile, da coordenação do MST, a área de
exploração de Libra não é um bloco, no qual a empresa petrolífera irá
procurar petróleo, mas “um reservatório totalmente conhecido, delimitado
e estimado em seu potencial de reservas de barris”.
Por ser um caso à
parte, esclarece, o campo não pode ser leiloado. Além do mais, ressaltou
Stédile, não há sombra de dúvida sobre as motivações comerciais na
espionagem comandada pelo governo dos Estados Unidos e aliados, como a
Inglaterra, cujas petrolíferas já se manifestaram interessadas nas
reservas do pré-sal e, particularmente, em Libra.
O presidente da Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB),
Ubiraci Dantas de Oliveira, condenou ainda a lógica de “entregar Libra
ao capital estrangeiro para fazer caixa para o superávit primário”.
“Nossa unidade e mobilização é para que o nosso dinheiro não seja
torrado com especuladores nem desbaratado por multinacionais, mas seja
aplicado no Brasil, em saúde, educação, transporte e moradia”,
acrescentou Bira.
Para Carlos Rogério de Carvalho Nunes, secretário de Políticas Sociais
da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), o simples
fato de grandes corporações transnacionais terem se apropriado de dados
confidenciais sobre tecnologia de ponta e mapeamento de reservas já
coloca em risco projetos e estudos da maior empresa brasileira. “O
governo precisa suspender o leilão. É a nossa soberania que está em
jogo”, frisou.
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