Honduras desemprego, violencia e ditadura .

Nós enquanto trabalhadores temos que nos unir um golpe contra os trabalhadores de Honduras é um golpe contra todos nós !

Comunicado desde Honduras
Apresentação
A Central Única dos Trabalhadores (CUT-Brasil), através da sua Secretaria de Relações Internacionais, recebeu de seu representante em missão de solidariedade em Honduras o documento abaixo.
Trata-se de um chamado à solidariedade internacional com os trabalhadores e o povo de Honduras em luta contra o golpe de Estado ocorrido no país centro-americano.
Fazemos nosso este chamado a uma Jornada Continental de Solidariedade e Mobilização em apoio à luta do povo hondurenho pela democracia.
São Paulo, 31 de julho de 2009
João Antonio Felício
Secretário de Relações Internacionais
Artur Henrique
Presidente

Chamado ao movimento operário internacional, às Confederações sindicais internacionais e continentais, a todos os sindicatos do continente americano e do mundo
Caros irmãos trabalhadores de todos os povos da América e do mundo.
Honduras vive há 33 dias os horrores, a represão ,o toque de recolher, a supressão das liberdades provocadas pelo golpe de Estado, organizado pelo comando do exército e apoiado por grandes proprietários e multinacionais.
Este golpe de Estado e a instauração de um governo ditatorial, rompendo a legalidade institucional e depondo o presidente legítimo Manuel Zelaya Rosales, trata de interrromper o proceso de consulta popular para abrir camino para uma Assembléia Nacional Constituinte que elabore uma nova Constituição.
As Confederações de Trabalhadores de Honduras, com o conjunto das organizações populares de direitos humanos, camponesas, indígenas, de jovens, de mulheres, conformaram uma Frente Nacional de Resistência ao Golpe de Estado.
Nestes últimos dias 30 e 31 de julho foi organizada uma Paralização Cívica Nacional do Setor Público.
No dia 30, a Frente de resistência ao Golpe de Estado protesta ocupando a estrada, a policía nacional e o exército atacaram a mihares de manifestantes pacíficos coma ramas de fogo, balas de madeira e borracha, bem como com gases lacrimogêneos - jogados inclusive desde helicópteros.
Temos informações que há muitos feridos entre os manifestantes, particularmente um profesor chamado Roger Abraham Villegas, de 38 anos, que recebeu um disparo de bala na cabeça e que se encontra em situação muito crítica.
Entre as pessoas feridas está Carlos H. Reyes, Coordenador da Frente Nacional Contra o Golpe de Estado, secretário geral do Sindicato STIBYS, dirigente do Bloco Popular, estando detido o também coordenador da Frente Nacional Contra o Golpe de Estado, Juan Barahona.
Dirigimo-nos a nossos irmãos trabalhadores de todo o mundo e em particular aos de nosso continente.
Fazer com que fracasse o golpe de Estado é do interesse dos trabalhadores e da democracia em todo o continente.
Não podemos aceitar soluções que considerem igualmente o Governo legítimo e os golpistas.
Não podemos aceitar a duplicidade da Administração Norte-Americana, que condena o golpe por um lado, e sustenta os golpistas por outro. .
A defesa da democracia em cada país, dos direitos dos trabalhadores e a possibilidade de conseguir procesos constituintes, passa hoje por apoiar sem condiçoes a luta de resistência que desenvolvemos em nossa pátria.
Por isso consideramos que desenvolver uma ampla atividade dirigindo-se a cada governo, às embaixadas, por meio de manifestações, vigilias e inclusive uma JORNADA CONTINENTAL DE SOLIDARIEDADE E MOBILIZAÇÃO, é do interesse dos trabalhadores do continente e de todo o mundo. Dirigimo-nos também particularmente aos sindicatos dos trabalhadores dos portos para que organizem o boicote dos barcos em direção de Honduras.
Irmãos e povos de todo o continente e do mundo inteiro.
Libertade para todos os detidos!
Abaixo o golpe militar!
Restituição incondicional do presidente legítimo Manuel Zelaya Rosales!
Adiante pela Constituinte em Honduras!
Tegucigalpa, 31 de julio de 2009
Carlos H. Reyes, secretario general del Sindicato de la Industria de Bebidas STIBYS de Honduras
João Batista Gomes, representante de la CUT Brasil