POR UMA POLÍTICA PETISTA PARA O PT

TERRA, TRABALHO E SOBERANIA
O Partido dos Trabalhadores precisa de uma direção com outra atitude face ao governo do PT. Uma atitude autônoma, sintonizada com os compromissos históricos do PT de luta pela classe trabalhadora e o interesse da nação brasileira, ainda mais nesse momento de crise capitalista. Enfim, uma atitude petista!
Esta crise não é apenas um produto da “ganância”, como dizem. Afinal, a ética dos capitalistas sempre foi o lucro.
A raiz da crise é a contradição entre as montanhas de capital acumuladas e o mercado mundial saturado que não pode realizá-las. Contradição que o capitalismo tentou contornar realizando lucros na especulação financeira. Foi o que entrou em crise agora.
A OIT, a Organização Internacional do Trabalho, prevê 59 milhões de desempregados a mais em 2009, quando 1 bilhão de seres humanos cairão na miséria, segundo a FAO (ONU).
Este é o custo da sobrevivência de um sistema onde os bancos internacionais perderam US$ 2 trilhões, enquanto mais de 100 países ficaram sem condições de cobrir US$ 700 bilhões da dívida que vence este ano!
Essa crise não se resolve com “regulamentação do mercado” (se isso fosse possível).
Uma coisa deve ser clara: os trabalhadores não devem pagar esta crise. Por isso, a primeira providência é proteger os trabalhadores, a principal força produtiva da nação.
É preciso encarar o problema de frente. Não é nos tapetes do G-20, braços dados com Obama, que está a solução.
É preciso romper com a política que joga as "soluções” nas costas dos trabalhadores. Como na quebra da General Motors estadunidense, onde os sindicatos são convocados para dirigir o corte de milhares de postos de trabalho.
Não será com os empréstimos do Brasil ao FMI para salvar os bancos, como foi decidido no G-20, que teremos um instrumento favorável aos povos. O FMI segue sendo FMI.
Proibição das Demissões! Reforma Agrária!
Para superar a crise é preciso uma verdadeira política petista que resgate 30 anos de luta do PT!
Por isso, junto com petistas de diferentes trajetórias, ajudo a construir o Fórum de Diálogo Petista, para discutir propostas para a luta dos trabalhadores.
Hoje, no Brasil, a questão mais imediata é salvar os empregos ameaçados.
Para a família trabalhadora nada é mais importante do que o emprego. 800 mil postos de trabalho cortados pelos patrões na virada do ano não foram recuperados. Grandes empresas que receberam créditos e incentivos fiscais continuaram demitindo. E é preciso criar 1,5 milhão de empregos novos ao ano.
Ora, a Medida Provisória existe para questões “urgentes e relevantes”, como esta. Então, para proteger o emprego, o presidente Lula pode editar uma MP proibindo as demissões. É o que pede um abaixo-assinado ao presidente que já tem 32 mil adesões.
O emprego, central para o trabalhador e o sindicato, deve ser também para o seu partido, o PT.
No ano que vem teremos eleições. Ninguém quer a volta da direita privatista e vende-pátria. Mas para o PT, cuja candidata é Dilma Roussef, a batalha começa agora protegendo da crise a nossa principal base social, os trabalhadores da cidade e do campo.
Por isso, a Reforma Agrária também é uma questão central.
Todos sabem que para superar a crise internacional é preciso desenvolver o mercado interno. Mas para isso, além de preservar empregos, é preciso realizar a reforma agrária rompendo o privilégio ao agro-negócio exportador.
O PT deve entrar na campanha pela limitação do tamanho da propriedade rural e pela atualização do índice de produtividade da terra. Deve defender a revogação da “MP da grilagem” e as concessões feitas aos “ruralistas” contra a propriedade familiar, os quilombolas, extrativistas, indígenas e ribeirinhos, em detrimento da preservação do meio ambiente.
Pré-Sal para a Petrobras 100% Estatal!
A soberania nacional é uma questão chave.
É preciso recuperar a Petrobras 100% Estatal para controlar o Pré-Sal, e anular os leilões, como diz a campanha da FUP (Federação dos Petroleiros da CUT) dirigida a Lula.
E preciso defender a ECT e a Infraero ameaçadas de privatização. E reestatizar empresas privatizadas como a Vale, a Embraer, a CSN e a Usiminas.
Agora que a especulação internacional está em crise, no Brasil é hora de romper as exigências do FMI herdadas do governo FHC e tornadas lei.
É preciso revogar a mal chamada Lei de Responsabilidade Fiscal e as “Organizações Sociais”, formas de privatização do patrimônio público.
Fim do Superávit Primário!
É preciso acabar com o perverso mecanismo do superávit fiscal primário. Afinal, em 10 anos (1998-2008) fizemos cerca de 800 bilhões de superávit primário para pagar a dívida, que subiu assim mesmo outros 800 bilhões, passando de 1,4 trilhão!
Esse dinheiro deveria ser destinado para o desenvolvimento e os serviços públicos. A começar pela recomposição das verbas de 2009 cortadas do Incra, de Ciência e Tecnologia e do MEC!
É hora de questionar o próprio pagamento da Dívida. A proteção contra a turbulência pede a centralização do câmbio. É hora de uma Auditoria da Dívida, num movimento conjunto com o Equador, a Venezuela, a Bolívia e o Paraguai.
É hora da soberania no continente!
Hoje, isso se concentra em Honduras na volta do governo Zelaya, na luta pela Constituinte, contra o golpismo das forças pró-imperialistas.
As mesmas que instalam bases estadunidenses na Colômbia, e reativaram a 4ª Frota dos EUA.
Que são as forças que derrubaram o governo eleito do Haiti, enviando tropas da ONU violando a soberania do povo da primeira república negra.
O governo Lula que se opôs ao golpe em Honduras, questionou a 4ª Frota e as bases na Colômbia, deve retirar imediatamente as tropas do Haiti.
Candidatos Próprios! Não à aliança com o PMDB!
Mudar a política econômica e buscar aliados para uma política soberana é necessário.
Senão, mesmo as medidas para aliviar a situação do povo - como a extensão do seguro-desemprego, a revisão do IR ou o plano de habitação - se esgotarão ao bater no muro das políticas voltadas para o agro-negócio e o pagamento da dívida.
Em 2010, levantando uma política soberana, o PT deve apresentar Candidatos Próprios para o Governo Federal, e para os Governos dos Estados também: no Rio, em São Paulo, em Minas, em Pernambuco, no Ceará, no Amazonas etc.
Chega dessa “política de alianças” que tanto mal trouxe ao PT. Não à “aliança nacional” com o PMDB, reduto de ruralistas e grandes empresários, de Sarney, Quércia, Jader e outros que chantageiam o PT, e o próprio governo.
Ouvir a Base!
Apresento minha candidatura a presidente do PT por outra atitude na direção do partido. Uma direção que ouça a base, e não siga cegamente o Planalto.
Digo claramente que não é “chic” dar dinheiro ao FMI, manter Meirelles no Banco Central, e se aliar ao PMDB.
Como candidato, incentivo a formação de chapas POR UMA POLÍTICA PETISTA para os Diretórios em todos os níveis.
Para isso peço o seu voto!
Markus Sokol
Quem é – economista, preso político na ditadura militar, Sokol integra o Acordo Internacional dos Trabalhadores; no PT desde a fundação, atualmente é membro do Diretório Nacional.
Contatos msokol@uol.com.br TERRA, TRABALHOE SOBERANIA
O Partido dos Trabalhadores precisa de uma direção com outra atitude face ao governo do PT. Uma atitude autônoma, sintonizada com os compromissos históricos do PT de luta pela classe trabalhadora e o interesse da nação brasileira, ainda mais nesse momento de crise capitalista. Enfim, uma atitude petista!
Esta crise não é apenas um produto da “ganância”, como dizem. Afinal, a ética dos capitalistas sempre foi o lucro.
A raiz da crise é a contradição entre as montanhas de capital acumuladas e o mercado mundial saturado que não pode realizá-las. Contradição que o capitalismo tentou contornar realizando lucros na especulação financeira. Foi o que entrou em crise agora.
A OIT, a Organização Internacional do Trabalho, prevê 59 milhões de desempregados a mais em 2009, quando 1 bilhão de seres humanos cairão na miséria, segundo a FAO (ONU).
Este é o custo da sobrevivência de um sistema onde os bancos internacionais perderam US$ 2 trilhões, enquanto mais de 100 países ficaram sem condições de cobrir US$ 700 bilhões da dívida que vence este ano!
Essa crise não se resolve com “regulamentação do mercado” (se isso fosse possível).
Uma coisa deve ser clara: os trabalhadores não devem pagar esta crise. Por isso, a primeira providência é proteger os trabalhadores, a principal força produtiva da nação.
É preciso encarar o problema de frente. Não é nos tapetes do G-20, braços dados com Obama, que está a solução.
É preciso romper com a política que joga as "soluções” nas costas dos trabalhadores. Como na quebra da General Motors estadunidense, onde os sindicatos são convocados para dirigir o corte de milhares de postos de trabalho.
Não será com os empréstimos do Brasil ao FMI para salvar os bancos, como foi decidido no G-20, que teremos um instrumento favorável aos povos. O FMI segue sendo FMI.
Proibição das Demissões! Reforma Agrária!
Para superar a crise é preciso uma verdadeira política petista que resgate 30 anos de luta do PT!
Por isso, junto com petistas de diferentes trajetórias, ajudo a construir o Fórum de Diálogo Petista, para discutir propostas para a luta dos trabalhadores.
Hoje, no Brasil, a questão mais imediata é salvar os empregos ameaçados.
Para a família trabalhadora nada é mais importante do que o emprego. 800 mil postos de trabalho cortados pelos patrões na virada do ano não foram recuperados. Grandes empresas que receberam créditos e incentivos fiscais continuaram demitindo. E é preciso criar 1,5 milhão de empregos novos ao ano.
Ora, a Medida Provisória existe para questões “urgentes e relevantes”, como esta. Então, para proteger o emprego, o presidente Lula pode editar uma MP proibindo as demissões. É o que pede um abaixo-assinado ao presidente que já tem 32 mil adesões.
O emprego, central para o trabalhador e o sindicato, deve ser também para o seu partido, o PT.
No ano que vem teremos eleições. Ninguém quer a volta da direita privatista e vende-pátria. Mas para o PT, cuja candidata é Dilma Roussef, a batalha começa agora protegendo da crise a nossa principal base social, os trabalhadores da cidade e do campo.
Por isso, a Reforma Agrária também é uma questão central.
Todos sabem que para superar a crise internacional é preciso desenvolver o mercado interno. Mas para isso, além de preservar empregos, é preciso realizar a reforma agrária rompendo o privilégio ao agro-negócio exportador.
O PT deve entrar na campanha pela limitação do tamanho da propriedade rural e pela atualização do índice de produtividade da terra. Deve defender a revogação da “MP da grilagem” e as concessões feitas aos “ruralistas” contra a propriedade familiar, os quilombolas, extrativistas, indígenas e ribeirinhos, em detrimento da preservação do meio ambiente.
Pré-Sal para a Petrobras 100% Estatal!
A soberania nacional é uma questão chave.
É preciso recuperar a Petrobras 100% Estatal para controlar o Pré-Sal, e anular os leilões, como diz a campanha da FUP (Federação dos Petroleiros da CUT) dirigida a Lula.
E preciso defender a ECT e a Infraero ameaçadas de privatização. E reestatizar empresas privatizadas como a Vale, a Embraer, a CSN e a Usiminas.
Agora que a especulação internacional está em crise, no Brasil é hora de romper as exigências do FMI herdadas do governo FHC e tornadas lei.
É preciso revogar a mal chamada Lei de Responsabilidade Fiscal e as “Organizações Sociais”, formas de privatização do patrimônio público.
Fim do Superávit Primário!
É preciso acabar com o perverso mecanismo do superávit fiscal primário. Afinal, em 10 anos (1998-2008) fizemos cerca de 800 bilhões de superávit primário para pagar a dívida, que subiu assim mesmo outros 800 bilhões, passando de 1,4 trilhão!
Esse dinheiro deveria ser destinado para o desenvolvimento e os serviços públicos. A começar pela recomposição das verbas de 2009 cortadas do Incra, de Ciência e Tecnologia e do MEC!
É hora de questionar o próprio pagamento da Dívida. A proteção contra a turbulência pede a centralização do câmbio. É hora de uma Auditoria da Dívida, num movimento conjunto com o Equador, a Venezuela, a Bolívia e o Paraguai.
É hora da soberania no continente!
Hoje, isso se concentra em Honduras na volta do governo Zelaya, na luta pela Constituinte, contra o golpismo das forças pró-imperialistas.
As mesmas que instalam bases estadunidenses na Colômbia, e reativaram a 4ª Frota dos EUA.
Que são as forças que derrubaram o governo eleito do Haiti, enviando tropas da ONU violando a soberania do povo da primeira república negra.
O governo Lula que se opôs ao golpe em Honduras, questionou a 4ª Frota e as bases na Colômbia, deve retirar imediatamente as tropas do Haiti.
Candidatos Próprios! Não à aliança com o PMDB!
Mudar a política econômica e buscar aliados para uma política soberana é necessário.
Senão, mesmo as medidas para aliviar a situação do povo - como a extensão do seguro-desemprego, a revisão do IR ou o plano de habitação - se esgotarão ao bater no muro das políticas voltadas para o agro-negócio e o pagamento da dívida.
Em 2010, levantando uma política soberana, o PT deve apresentar Candidatos Próprios para o Governo Federal, e para os Governos dos Estados também: no Rio, em São Paulo, em Minas, em Pernambuco, no Ceará, no Amazonas etc.
Chega dessa “política de alianças” que tanto mal trouxe ao PT. Não à “aliança nacional” com o PMDB, reduto de ruralistas e grandes empresários, de Sarney, Quércia, Jader e outros que chantageiam o PT, e o próprio governo.
Ouvir a Base!
Apresento minha candidatura a presidente do PT por outra atitude na direção do partido. Uma direção que ouça a base, e não siga cegamente o Planalto.
Digo claramente que não é “chic” dar dinheiro ao FMI, manter Meirelles no Banco Central, e se aliar ao PMDB.
Como candidato, incentivo a formação de chapas POR UMA POLÍTICA PETISTA para os Diretórios em todos os níveis.
Para isso peço o seu voto!
Markus Sokol
Quem é – economista, preso político na ditadura militar, Sokol integra o Acordo Internacional dos Trabalhadores; no PT desde a fundação, atualmente é membro do Diretório Nacional.
Contatos msokol@uol.com.br