sem ela tampouco a sociedade muda” (Paulo Freire)
Que uma das maiores virtudes do atual prefeito de Sarandi, Carlos de Paula, é não ser democrático todo mundo sabe, mas o difícil de mensurar é ate aonde vai sua capacidade de tratorar tudo e todos para atingir seus objetivos, que também é sabido por todos, isto é, a reeleição a qualquer custo.
Hoje infelizmente participei de um incidente lamentável com o prefeito. Fui acompanhar uma reunião na qual o prefeito convidou os moradores do Jardim Novo Independência para falar tratar sobre o asfaltamento da região. Ótimo. Mas como sei que cada reunião dirigida pelo prefeito é um circo onde, lógico, ele é personagem principal, não era de se esperar que seu cajado autoritário fosse agir mais uma vez.
Não quero aqui tratar do déficit democrático e não participativo de seu governo, nem da forma manipuladora e demagógica que ele dirige as suas reuniões. Só para registrar, o prefeito pede votação às suas propostas sem o menor debate, sem estudos técnicos e sociais sobre a obra, o prefeito simplesmente fala que é bom e pede pra que quem concorde levante mão, em meio a confusão, o povo gentil simplesmente ergue o braço. Na avaliação do prefeito isso é ser democrático. Uma das palavras dele hoje foi “ta vendo, isso que dá ser democrático”, ao se referir a uma proposta “aprovada” na reunião.
Mas escrevo para relatar que o prefeito Cara de Pau, digo, Carlos de Paula não respeita nem mesmo os estudantes da Educação de Jovens e Adultos. Chegando a escola reparei que havia pessoas, na maioria senhoras, com cadernos abertos sentados às carteiras em uma das salas de aula da Escola Municipal Yoshio Hayashi. Olhei bem e não acreditei que fosse uma aula. Viro-me então e pergunto a um guarda e ele confirma, são alunos estudando. Nesse ínterim o prefeito passa por nós, então aproveito e o indago se ele não respeita os alunos que estão estudando. Muito educado, ele segue andando e me xinga, as palavras deles são impublicáveis e prefiro joga-las ao lixo ao invés de disseminar tolices por aí. Mas gira em torno disso “ah, vai se f... seu f.....”.
É obvio que fiquei chocado e revoltado. Como professor que sou e sei do quanto é problemático trabalhar em um ambiente inadequado, sobretudo com o alto barulho dos gritos “eleitoreiros” do mestre de cerimônias da prefeitura, amplificado pelo som em volume máximo. Fiquei embasbacado. Mas como o que está ruim pode piorar, o capataz do senhor prefeito, o ilustre vereador Ailton Machado, veio me advertir. Segundo ele eu estava desacatando a autoridade do prefeito. Claro que meu sangue é quente e eu respondi a altura, inclusive no tom da voz (confesso, gostaria de ter sangue de barata em momentos como este), e aproveitei pra dizer algumas verdades a ele. Se sentindo desrespeitado, o capitão do mato disse que ia chamar a polícia, óbvio, logo ele se dissuadiu dessa ideia em instantes.
Hoje infelizmente participei de um incidente lamentável com o prefeito. Fui acompanhar uma reunião na qual o prefeito convidou os moradores do Jardim Novo Independência para falar tratar sobre o asfaltamento da região. Ótimo. Mas como sei que cada reunião dirigida pelo prefeito é um circo onde, lógico, ele é personagem principal, não era de se esperar que seu cajado autoritário fosse agir mais uma vez.
Não quero aqui tratar do déficit democrático e não participativo de seu governo, nem da forma manipuladora e demagógica que ele dirige as suas reuniões. Só para registrar, o prefeito pede votação às suas propostas sem o menor debate, sem estudos técnicos e sociais sobre a obra, o prefeito simplesmente fala que é bom e pede pra que quem concorde levante mão, em meio a confusão, o povo gentil simplesmente ergue o braço. Na avaliação do prefeito isso é ser democrático. Uma das palavras dele hoje foi “ta vendo, isso que dá ser democrático”, ao se referir a uma proposta “aprovada” na reunião.
Mas escrevo para relatar que o prefeito Cara de Pau, digo, Carlos de Paula não respeita nem mesmo os estudantes da Educação de Jovens e Adultos. Chegando a escola reparei que havia pessoas, na maioria senhoras, com cadernos abertos sentados às carteiras em uma das salas de aula da Escola Municipal Yoshio Hayashi. Olhei bem e não acreditei que fosse uma aula. Viro-me então e pergunto a um guarda e ele confirma, são alunos estudando. Nesse ínterim o prefeito passa por nós, então aproveito e o indago se ele não respeita os alunos que estão estudando. Muito educado, ele segue andando e me xinga, as palavras deles são impublicáveis e prefiro joga-las ao lixo ao invés de disseminar tolices por aí. Mas gira em torno disso “ah, vai se f... seu f.....”.
É obvio que fiquei chocado e revoltado. Como professor que sou e sei do quanto é problemático trabalhar em um ambiente inadequado, sobretudo com o alto barulho dos gritos “eleitoreiros” do mestre de cerimônias da prefeitura, amplificado pelo som em volume máximo. Fiquei embasbacado. Mas como o que está ruim pode piorar, o capataz do senhor prefeito, o ilustre vereador Ailton Machado, veio me advertir. Segundo ele eu estava desacatando a autoridade do prefeito. Claro que meu sangue é quente e eu respondi a altura, inclusive no tom da voz (confesso, gostaria de ter sangue de barata em momentos como este), e aproveitei pra dizer algumas verdades a ele. Se sentindo desrespeitado, o capitão do mato disse que ia chamar a polícia, óbvio, logo ele se dissuadiu dessa ideia em instantes.
Mas enfim, qual é a moral da história? A realidade é que este governo está preocupado demais em enfiar goela abaixo da população as suas obrinhas e angariar votos que se esquece de que em Sarandi existe um povo que desde que esta região foi ocupada vem sofrendo com toda sorte de preconceito, miséria, discriminação, ausência de saúde, educação e equipamentos públicos de qualidade. O prefeito não é capaz nem sequer de notar que existem estudantes. E que muitas vezes eles são adultos que não tiveram oportunidade de estudar quando crianças. Que precisam trabalhar o dia todo e se sacrificar no ensino noturno. Mas, claro, o palanque eleitoral é mais importante que qualquer estudante; onde já se viu, por causa de semianalfabetos o senhor prefeito deixar de realizar sua “democrática” e “participativa” reunião. Claro, neste caso, democracia e participação significa erguer a mão e referendar o que já foi decidido “cientificamente” pela ambição do senhor prefeito.
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