quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Pe. Ivaldir da Pastoral da Criança cobra relatorios da Saúde de sarandi!

Sarandi, 10 de setembro de 2013.

“Que todos tenham vida e vida em abundância.” Jo 10,10

Ilmo Senhor,

Sarandi conta com uma ampla rede de agentes comunitários que atuam voluntariamente nos diferentes bairros da cidade. De acordo com relatos apresentados por líderes comunitárias da pastoral da criança, e pastoral da saúde, foram identificados, no primeiro semestre de 2013, aproximadamente dez óbitos de recém-nascidos, podendo este número ser maior, considerando o fato que a atuação das agentes da pastoral da criança não cobre 100% da população sarandiense.
Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) a redução da mortalidade infantil no Brasil vem diminuindo consideravelmente nos últimos anos. Porém, no município de Sarandi os números comprovam o contrário. Em 2010 a taxa era de 6,7%, no ano de 2011, 9,9%, em 2012, os dados registraram 18,8%. Em 2013, tendo em vista o número de óbitos já identificados, observa-se que o índice continua aumentando.
Tais informações fundamentaram a união de agentes da Pastoral da Criança, da Pastoral da Saúde e representantes da igreja católica, em prol da promoção de uma discussão ampliada cujo objetivo é auxiliar na redução do índice de mortalidade infantil, especialmente, dos recém-nascidos.
Vários fatores foram identificados como causadores desse aumento do índice de mortalidade infantil. Um deles está na falta de acompanhamento adequado no atendimento das gestantes, principalmente as que necessitam de intervenção cirúrgica para garantir o nascimento do bebê. Agentes da Pastoral da Criança, que desenvolvem visitas mensais às famílias com crianças de 0 à 6 anos e gestantes, identificaram que em muitos casos os médicos cobram para realizar tal cirurgia, porem muitas vezes a gestante que não possui recurso financeiro e mesmo por desconhecer seus direitos, o parto é protelado para pressionar que a cesárea seja feita, colocando em risco a vida de mãe e filho, sabe-se que, essa situação traz grandes transtornos psicológicos para a família, e com grau acentuado quando ocorre o óbito da criança.
Um dos direitos fundamentais previstos nos Art. 7º e 8º §1º do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) é o direito à vida e à saúde.
Neste contexto REQUISITAMOS informações relacionadas aos encaminhamentos realizados pela Secretaria Municipal de Saúde, a fim de diminuir os altos índices de mortalidade infantil, e garantir uma melhoria na qualidade de vida das famílias.
Enquanto representantes da sociedade civil organizada SOLICITAMOS também que, esse assunto seja ponto de na próxima reunião do Conselho de Saúde.

Fraternalmente,

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Pe. Ivaldir Camaroti dos Reis Leilane R. G. Wesselovicz
Paróquia Nsa Sra das Graças Coordenadora Diocesana
Pastoral da Criança

Ao
Sr Presidente
Conselho Municipal de Saúde
Sarandi - Paraná

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