sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

"A periferia nunca esteve tão violenta"

 

Pelas manhãs, é comum ver, nos ônibus, homens e mulheres segurando armas de até quatrocentas páginas. Jovens traficando contos, adultos, romances. 
Os mais desesperados, cheirando crônicas sem parar. 
Outro dia um cara enrolou um soneto bem na frente da minha filha. 
Dei-lhe um acróstico bem forte na cara.
Ficou com a rima quebrada por uma semana. 
A criançada está muito louca de história infantil. 
Umas já estão tão viciadas, e, apesar de tudo e de todos, querem ir para as universidades. (...) Dizem por aí que alguns sábios não estão gostando nada de ver a palavra bonita beijando gente feia.
Mas neste país de pele e osso, quem é o sábio? Quem é o feio? (...) Não, não é Alice no País das Maravilhas, mas também não é o Inferno de Dante Poeta Sergio Vaz

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