quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Cientistas descobrem primeiro homem de olhos azuis era negro! uma pessima noticia para os nazistas!

Seus penetrantes olhos azuis estão em forte contraste com sua pele escura e cabelo.

 
Isto significa que esse homem das cavernas de 7 mil anos de idade detém a chave para a evolução genética do homem. Seus restos mortais foram descobertos a 1.524 metros nas montanhas do noroeste da Espanha, em 2006.
Os especialistas ficaram surpresos ao encontrar o antigo caçador, que recebeu o nome de La Brana 1, pois este tinha uma combinação de genes africanos e europeus. Os resultados de uma análise de DNA retirado do dente mostram que o homem tinha cabelos e pele escuros – possivelmente negros - com profundos olhos azuis.
 
 
A mistura de traços africanos e europeus implica que a transformação racial dos humanos modernos ainda esteve em andamento durante muito tempo depois que eles deixaram a África. Dessa forma, as mudanças na cor dos olhos vêm antes das alterações no tom de pele.
O líder do estudo, professor Carles Lalueza Fox, do Instituto de Biologia Evolucionária de Barcelona, disse: "A maior surpresa foi descobrir que essa pessoa possuía versões africanas nos genes que determinam a pigmentação clara dos europeus atuais. Ainda mais surpreendente foi descobrir que ele possuía as variações genéticas que produzem olhos azuis".
Apesar da sua cor escura, La Brana 1 mostra semelhanças genéticas com os escandinavos da Suécia e da Finlândia, que também compartilharam um ancestral comum com as pessoas que viviam próximos ao lago Baikal, na Sibéria, há mais de 20 mil anos. “Esses dados indicam que há continuidade genética nas populações da Eurásia central e ocidental", disse Prof Lalueza-Fox.
Ele foi um dos dois esqueletos masculinos melhor preservados descobertos a partir do sistema de cavernas La Brana-Arintero, perto de León. Com isso, os cientistas focaram primeiramente no DNA de La Brana 1, que estava em melhor condição.
Eles esperam que, futuramente, possam juntá-lo com o genoma do outro homem, La Brana 2, afinal, ambos os indivíduos foram datados com cerca de 7 mil anos de idade. Eles viveram no período Mesolítico, que terminou há 5 mil anos, com o desenvolvimento da agricultura e da pecuária no Oriente Médio.
Isso fez com que o genoma de La Brana 1 sofresse alterações, transformando-o em um caçador-coletor, ferramenta manual necessária para o aproveitamento de produtos agrários. Há uma hipótese de que ele teria sido incapaz de digerir a lactose ou de lidar com os alimentos ricos em amido, e, por isso, tenha se tornado um agricultor no período Neolítico.
A agricultura pode ter impulsionado mudanças no sistema de imunidade humana por conta da alta exposição a bactérias e vírus de outros animais. Entretanto, outra série de variantes de DNA, que é responsável pela resistência a infecções nos europeus modernos, já estava presente no caçador-coletor. Isso sugere que essa variação não surgiu como uma adaptação para a agricultura, mas sim que possui uma origem bem mais antiga.
 
Escrevendo na revista Nature, os cientistas concluíram: "Nossos resultados indicam que a propagação de adaptação dos alelos de pigmentação da pele clara (variantes genéticas) não foi completa em algumas populações europeias no período Mesolítico, e que a disseminação de alelos associados com a cor dos olhos azuis pode ter mudanças que precederam na pigmentação da pele”.

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