terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Do mito do cavalo de Troia ao mico do camburão do Traiano

Quando os deputados estaduais, vassalos de Beto Richa, decidiram aceitar a brilhante ideia do secretário Francischini de se esconderem sorrateiramente dentro de um camburão da tropa de choque para furar o bloqueio dos servidores manifestantes e entrar na Assembleia Legislativa, a piada já estava pronta, apesar do arbítrio e autoritarismo por detrás das intenções prepotentes.
O cavalo de Tróia (ou do Traiano?), possivelmente inspirado no lendário estratagema militar de Odisseu, utilizado pelos gregos da antiguidade para romper a barreira militar dos adversários, repetia-se, mas desta vez como uma farsa das mais risíveis.
Hoje, dia 20 de janeiro, o colunista Daniel Mendonça, da Gazeta do Povo, revela que um dos integrantes da bancada do camburão, sentindo a pressão dos manifestantes, que ameaçavam emborcar o “cavalo” de metal, literalmente afrouxou os esfíncteres e borrou-se nas calças. O “heroico” momento é contado desta maneira pelo colunista, supostamente reproduzindo um dos presentes ao episódio:
“Com o frouxo intestinal, um dos encurralados interrompeu a apneia para sintetizar a situação, por dentro e por fora: ‘Fedeu!’ As mulheres gritavam com uma mão no nariz, outra no celular, enquanto os homens tentavam controlar a náusea. Depois de o delegado Francischini sair do camburão em desabalada carreira, um dos signatários do pacto malcheiroso jurou de morte quem teria se borrado de pavor. Quem seria o frouxo do camburão?”
Este evento só faz ressaltar o heroísmo e a bravura dos grevistas e manifestantes diante de deputados que, inflados de auto-confiança na escolta de uma tropa de choque e na brutalidade da repressão policial sobre os servidores, achavam-se poderosos o bastante para praticar sem riscos sua vilania de pequeno grupo contra a maioria do povo do Paraná.
Se Beto Richa quer reeditar o neo-lernismo no Paraná, acentuando-o em seus aspectos mais destruidores em nome das maiores ganâncias do mercado, saiba que entre a luta contra a venda Copel e as de hoje contra o seu tratoraço, existiram as jornadas de junho de 2013, quando milhões exigiram nas ruas novas e mais representativas instituições políticas.
Por fim, para não perder a piada, recomendamos que o governador e seus assessores mais diretos não insistam em submeter os “seus” deputados a novos constrangimentos tentando votar anti-democraticamente a todo custo o seu pacote de maldades. Avisamos que a alternativa do uso preventivo de fraldas descartáveis não eliminariam o mal cheiro no ambiente .

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