
MTST conquista terreno da ocupação Copa do Povo para 2.760 moradias populares
Após protesto em frente à Secretaria Municipal de Habitação, movimento assinou a aquisição do terreno localizado na zona leste da capital paulista.
17/09/2015
Da Redação
O Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) conquistou a aquisição do terreno da ocupação Copa do Povo, iniciada há mais de um ano em Itaquera, zona lesta da capital paulista. Lá serão construídos 2.760 moradias populares. A assinatura da posse da terra ocorreu nesta quarta-feira (16) junto a representantes da Caixa Econômica Federal e da Secretaria Municipal de Habitação em São Paulo.
Antes da assinatura, o MTST realizou um protesto com cerca de 2 mil integrantes, em frente à Secretaria. A manifestação, segundo o movimento, teve como objetivo pressionar a Prefeitura a cumprir compromissos assumidos com ocupações que reivindicam moradia digna na cidade.
“O que viemos reivindicar aqui foram acordos que não dependem de recurso federal. Por exemplo, o repasse de terrenos municipais pra viabilização de obras”, afirmou Guilherme Boulos, da coordenação do MTST, durante o ato.
Dia nacional de lutas
O MTST prepara um dia nacional de lutas no dia 23, para protestar contra os cortes do orçamento apresentado pelo governo federal, que atingem principalmente programas e áreas sociais, e para reivindicar que a terceira fase do programa Minha Casa, Minha Vida seja efetivada.
Segundo o movimento, o programa foi anunciado e contemplou algumas das propostas dos movimentos de moradia, que se reuniram com a presidenta Dilma Rousseff na última semana. No entanto, as organizações apontam que não há recursos e orçamento para viabilizar a terceira etapa, e os cortes anunciados pelo governo irão travar ainda mais o repasse para a habitação popular.
“Semana que vem, vamos fazer um grande dia de luta contra os cortes na moradia. Vamos parar o Brasil para que o Minha Casa, Minha Vida. O governo tem que fazer corte de gastos não nos programas sociais, e sim em cima do lucro dos bancos, dos ricos empresários”, concluiu Boulos.





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