Um lugar onde meninas de 9 a 15 anos sofrem abusos sexuais por parte de um grupo de pedófilos que seria liderado por um prefeito.
“Eu tinha 9 anos. E a minha mãe cozinhava no barco. Eu ficava lá brincando, enquanto minha mãe estava trabalhando. Ele me estuprou dentro do barco mesmo, entendeu. Eu fiquei muito apavorada, com vergonha, nunca consegui colocar isso para fora. Hoje em dia, ele quer a minha filha”, conta uma vítima.
Adail Pinheiro (PRP) ex-prefeito do município de Coari (AM) recebeu do presidente golpista Michel Temer o “perdão presidencial” – definido em decreto do ano de 2016 assinado pelo próprio presidente. O ex-prefeito Adail Pinheiro, acusado de chefiar uma quadrilha que explorava crianças e adolescentes de 9 a 15 anos, teve sua pena de 11 anos referentes ao crime de exploração de menores de idade extinta.
A decisão de extinção da pena foi tomada pelo Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) que a partir do parecer favorável do Ministério Público estadual concluiu que o ex-prefeito Adail Pinheiro se enquadrava nos quesitos do perdão presidencial. Mas o único verdadeiro critério que importou para Temer conceder este perdão foi o ex prefeito pertencer à casta política, e não ser parte dos milhares de negros e pobres encarcerados nas penitenciárias, a maioria presos sem julgamento.
O mesmo ex-prefeito já tem um histórico: havia sido preso por suspeita de desviar R$ 40 milhões dos cofres públicos (na Operação Vox da Polícia Federal). E agora, recebendo o perdão de Michel Temer após ser condenado por pedofilia, confirma que no país, a justiça só dura contra os pobres e negros. Desta forma, o golpista Michel Temer mostra como ele trata a sua classe política apadrinhada, da mesma forma como tratou seus ex ministros.
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