terça-feira, 3 de junho de 2014

Verdade sobre médicos cubanos! Dados científicos!



Entrevistada pelo jornalista Jorge Pontual para o programa Sem Fronteiras da GloboNews, a socióloga americana Julie Feinsilver estuda há mais de 30 anos a medicina cubana e a presença de médicos cubanos ao redor do mundo. Ela é autora do livro Curando as massas, a política interna e externa de saúde de Cuba. Veja alguns trechos do que Julie Feinsilver disse ao repórter brasileiro.

Quando aconteceu a Revolução Cubana (1959), metade dos médicos fugiu para Miami. Cuba ficou com apenas três mil médicos e só tinha 14 professores na Faculdade de Medicina. A medicina em Cuba estava ameaçada de acabar.
 
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Mas (com a Revolução) houve um investimento muito grande na saúde.  Che Guevara (Ernesto, dirigente do novo poder), que era médico, elaborou um sistema para fazer uma medicina comunitária e formar um grande número de profissionais para viver dentro das comunidades, para fazer uma medicina preventiva. E deu certo. 
 
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Cuba hoje tem índices de saúde comparáveis ou até melhores que os Estados Unidos e os de países da Europa. Cuba é o país do mundo com o maior número de médicos per capita, 6,7%, uma coisa extraordinária, três vezes a taxa dos Estados Unidos.
 
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E com esse excedente, Cuba envia, há décadas, médicos para países pobres, para países onde acontecem catástrofes naturais etc. ou carentes na assistência de saúde.
 
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Este programa – que tem a medicina cubana como protagonista – é considerado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como modelo para o resto do mundo. 
 
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A OMS gostaria que o modelo cubano fosse adotado em outros países: esta medicina em que o médico vive na comunidade, esta medicina em que o médico está 24 horas à disposição dos pacientes naquele lugar onde ele vive.
 
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O que a socióloga diz é que em muitos países, como a Venezuela, a Bolívia e a África do Sul, onde há muitos médicos cubanos, houve uma resistência enorme das associações de médicos locais (“como está acontecendo agora no Brasil”, observação do repórter). 
 
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A razão dessa resistência é a mudança do modelo da medicina que se pratica. O modelo cubando é diferente, muito mais popular, muito mais comunitário. Então há resistências a esta inovação. (“É uma revolução mesmo na medicina”, observação de Jorge Pontual). 
 
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Os médicos cubanos estão presentes em mais de 70 países. Ou seja, atendem milhões de pessoas, pelos cálculos de Julie Feinsilver. Nesses países atendidos pelos médicos cubanos, como o Haiti, há milhões de pessoas muito gratas porque o método adotado por esses médicos os tornam muito populares.
 
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Na África, segundo a socióloga americana, seiscentos mil casos de cegueiras provocadas por deficiência de vitaminas foram tratados por médicos cubanos.
 
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Jorge Pontual, ao final da entrevista, conclui: “A medicina cubana é um exemplo para o mundo. Temos que tirar o chapéu.”
 
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Os brasileiros vão conviver com esses médicos. Mas não é a primeira vez. Em 1992 eles estiveram em Goiás para tratar de vítimas do Césio 137, contaminados com material radioativo. Na década de 1990 foram a Niterói tratar de epidemias de dengue e meningite.

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